'Tiraria meu dinheiro dos EUA e botaria em mercados emergentes como Brasil', diz investidor pioneiro em crítica aos Brics

O real no seu momento mais fraco dos últimos dois anos; prêmios de risco subindo no mercado; embates do presidente da República com o presidente do Banco Central; dúvidas no mercado sobre o compromisso do governo com metas fiscais.

A economia brasileira enfrenta o seu momento mais turbulento desde o começo do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023.

E os investidores estão reagindo a isso com reflexo nos preços. O mês passado foi o pior da bolsa brasileira neste ano.

Por isso, surpreendeu a frase do investidor e colunista do Financial Times Ruchir Sharma em entrevista à BBC News Brasil na semana passada: "eu retiraria meu dinheiro dos EUA e colocaria em mercados emergentes".

Sharma faz a ressalva de que não acredita no modelo de crescimento do Brasil — e não acha que o desempenho país seja exemplar entre emergentes. Pelo contrário: ele segue pessimista em relação a economia brasileira.

O que acontece agora — segundo ele — é que na sua visão existe um otimismo exagerado dos mercados com a economia dos Estados Unidos, o que fez encarecer os preços dos papéis americanos. Já os emergentes, ele acredita, estão subvalorizados além da conta.

Haveria, portanto, espaço nos próximos cinco a dez anos para ganhar dinheiro com esse descompasso. Ele acredita que é o momento para se retirar dinheiro investido nos EUA e colocá-lo em mercados emergentes diversos — o que inclui o Brasil.

Com informações da BBC

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