Na Assembleia, CAERN se contradiz ao afirmar que assumindo abastecimento de água em Santa Cruz melhoraria situação, sem apresenta fontes de recursos para investimentos necessários

robertocaern

Em reunião da Frente Parlamentar das Águas na Assembleia Legislativa, o presidente da CAERN, Roberto César, se contradisse ao falar que uma das soluções para o problema do abastecimento de água em Santa Cruz seria a companhia estadual assumir o abastecimento de água na cidade.

Em sua fala inicial, o presidente da CAERN afirmou que só poderia investir em Santa Cruz e na Adutora Monsenhor Expedito, caso o município estivesse sob tutela da companha, pois teria como destinar recursos para obras necessárias para melhorar o abastecimento de água.

Mas, em outro determinado momento, o próprio presidente afirmou que só uma nova adutora, interligando a Lagoa do Bonfim exclusivamente para Santa Cruz, seria a solução do problema, pois a atual adutora já trabalha em sua capacidade máxima de 1.600 metros cúbicos de água por hora.

A CAERN demonstrou interesse em assumir o sistema adutor de Santa Cruz, mas não deu nenhuma garantia que o abastecimento melhoraria, pois a nova adutora custa mais de R$ 150 milhões e não há nenhuma previsão orçamentária para esse investimento.

Além disso, a CAERN não garante o abastecimento regular de seus municípios. São vários que tem problemas com abastecimento de água, com rodízios existentes, e até mesmo moradores de cidades menores da região Trairi, como Campo Redondo, Jaçanã, Japi, entre outros, estão reclamando do abastecimento de água neste período do ano, em que o consumo é maior.

Sem apresentar novidades, a CAERN tenta empurrar a responsabilidade para o SAAE, dizendo que a autarquia está distribuindo mal a água na cidade, mas o exemplo das cidades vizinhas só comprova que a destinação de água por parte da CAERN sofre problemas e não tem perspectivas de solução em um curto ou médio prazo.

Foto João Gilberto/AL

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