A retração dos investimentos da Petrobras, maior empresa instalada no Rio Grande do Norte, está gerando uma crise na economia local de Mossoró e região. O problema foi tema principal de uma audiência pública, na Câmara Municipal de Mossoró, nesta sexta-feira (12) , com a presença de políticos locais, petroleiros, empresários e representantes da Petrobras e da bancada federal do Rio Grande do Norte.
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, fez questão de participar do encontro, que também contou com as presenças do ministro Garibaldi Filho, da Previdência Social, e da governadora Rosalba Ciarlini, além da prefeita de Mossoró, Cláudia Regina.
As demissões, segundo a Petrobras, teriam sido causadas pela quebra de contatos nas áreas de manutenção e montagem. Os representantes dos petroleiros e das empresas contratadas questionaram os números apresentados pelo responsável da empresa. Eles pediram o apoio do deputado Henrique Eduardo Alves para que a questão seja apresentada a presidente da Petrobras, Graça Foster. O empresário Sebastião couto, que já operou com 27 sondas, disse que, em 2008, no auge da atividade petrolífera na região, chegou a perfurar 300 poços e gerava 2.100 empregos diretos. Hoje, com apenas 10 sondas contratadas, restam 500 empregados.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, solicitou uma audiência com a presidente da Petrobras para na aproxima semana. Ele convidou toda a bancada federal do Rio Grande do Norte para expor o problema e "abrir o diálogo, criando pontes com a direção da Petrobras". Mesmo com a crise atribuída a falta de investimentos, a atividade gera cerca de 40 mil empregos no Rio Grande do Norte. O estado é o maior produtor de petróleo em terra do Brasil com 1.100 pequenos proprietários de terras beneficiados diretamente com a geração de royalties.
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