A tentativa do PT de aposentar imediatamente o deputado José Genoino (PT-SP) para evitar um processo de cassação fracassou ontem. Um laudo dos médicos da Câmara pediu mais 90 dias para concluir se o deputado tem invalidez permanente. Como plano B, o partido quer agora paralisar qualquer decisão da Mesa Diretora sobre a perda do mandato enquanto o deputado estiver de licença médica.
Para tanto, precisa que pelo menos quatro dos sete integrantes da Mesa votem pela não abertura do processo de cassação na reunião da próxima terça-feira. Os votos de dois petistas já estão garantidos: do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR), e do o quarto secretário, Antonio Carlos Biffi (MS). Vargas antecipou o posicionamento que deve adotar: "O fato é que o Genoino está inválido temporariamente e não pode se defender. Acho que não cabe a abertura de um processo nessa situação", reiterou.
Além dos dois correligionários, o partido conta principalmente com Simão Sessim (PP-RJ) e Maurício Quintella Lessa (PR-AL). Ambos são correligionários de Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), também condenados no mensalão. Segundo vice-presidente, o deputado Fábio Faria (PSD-RN) é outro alvo do PT.
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