A Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz alerta para a mudança de perfil dos pacientes acometidos pela Covid-19 atendidos no Hospital Municipal Aluízio Bezerra. É cada vez mais frequente pessoas com menos idade, fora dos grupos de risco, desenvolverem a forma mais grave da doença e necessitarem de internação em leitos de tratamento intensivo (UTI/Covid).
De acordo com dados do setor de epidemiologia do município, dos cinco leitos de UTI que estão habilitados e funcionando, todos ocupados, três deles estão ocupados por pacientes com idade abaixo dos 45 anos, indicando maior agravamento em cidadãos mais jovens. Essas informações levam em consideração a mais recente atualização da situação epidemiológica do município, feita nesta terça-feira (16).
Já nos leitos clínicos, os números mais recentes registram uma média de idade mais alta se comparados com os dos leitos de UTI, com a maioria dos pacientes acima dos 60 anos.
Na prática, isso significa que pessoas mais jovens também precisam redobrar os cuidados para se prevenir da doença, que continua com maior prevalência entre os idosos, mas que tem se agravado também entre pessoas de outras faixas etárias, com menos idade.
"Se antes a gente observava mais idosos adoecendo e, infelizmente, morrendo, hoje é cada vez mais recorrente jovens procurando o nosso hospital, se internando e até mesmo precisando de ser intubado. São pacientes que, quando entubados, permanecem mais tempo nos leitos de UTI gerando essa superlotação que estamos acompanhando”, disse Secretária Municipal de Saúde de Santa Cruz/RN, Myllena Bulhões Ferreira.
Os 100% de ocupação dos leitos de UTI é outro ponto de preocupação. De acordo com informações da direção do Hospital Municipal Aluízio Bezerra, quando desocupados, por alta médica ou óbitos de pacientes, as vagas nos leitos são rapidamente preenchidas. Cenário que vem se repetindo dia após dia em Santa Cruz/RN.
É importante ressaltar que os leitos de UTI habilitados em Santa Cruz são todos regulados pelo Governo do Estado, através do sistema “RegulaRN”, que recebem pacientes das mais variadas cidades potiguares.